terça-feira, 10 de novembro de 2009

Armani: "El Pastelero" de Londrina

Inciando a série de entrevistas do Sexta Bola, trocamos uma idéia com Jeferson Carvalho, atleta do IVN-A e um dos favoritos ao título Paranaense de 2009, confira.

Sexta Bola: Este ano tem sido muito positivo para você, 3º Lugar no Brasileiro Interclubes com o IVN-A, a liderança na Corrida de Prata da Liga União, vice-liderança na Corrida de Ouro do Paraná brigando ponto a ponto e ainda com perspectivas para o Paranaense em dezembro, além é claro da gordurinha acumulada com a Copa Pastel. Independentemente dos resultados, você considera este o melhor momento na sua carreira de botonista?

Jeferson: Sim Luiz, de fato este é (de longe) o meu melhor momento tecnicamente falando. Lembro-me de ter ficado em 98 entre os três melhores do Paraná, mas era uma outra época no futebol de mesa do estado, e o número de competidores, de etapas, bem como o próprio nível técnico das competições estava muito aquém do que o que um atleta tem de enfrentar hoje para estar entre os melhores do estado. A verdade é que não tínhamos instrumentos como os criados nos últimos anos pela FPFM para ranquear nossos botonistas de forma tão consistente (com competições ao longo de todo o ano). Considero-me um botonista em crescimento, mesmo após tantos anos de prática. Acho que de um ano pra cá aprendi muito. Aprendi demais. E devo isso especialmente ao crescimento técnico do próprio futebol de mesa da Liga União de maneira geral. É preciso estímulo para se aprimorar, para se buscar algo mais. E Jogar numa da melhores Ligas do Brasil te põe contra a parede. Se você quer ser campeão aqui, tem de estar com a faca nos dentes, porque do outro lado da mesa tem caras super-gabaritados que não vão te dar moleza. Sai de uma mesa em que venceu o Ednilson (semi-finalista do último brasileiro) e pensa... Ufa, passei!!! Que nada. Na mesa seguinte, está Victor (atual campeão da Copa do Brasil) polindo seus botões à sua espera. Enfim, é assim. Ou cresce e desenvolve jogo para encarar essas feras, ou acostume-se à idéia de que eles são melhores.

Sexta Bola: Além de atleta você tem desenvolvido outra atividade paralela dentro do universo do futmesa: a confecção das artes para os botões vitrine, fale-nos um pouco sobre o seu processo criativo e sobre esse nicho mercadológico que surge dentro do futmesa que, neste prisma, parecia estar estagnado. Além da criatividade, o que falta para agregarmos inovações ao nosso esporte para superarmos o desafio de torná-lo cada vez mais popular?
Jeferson: Sabe, Luiz, nosso esporte, a despeito do que nós mesmos podemos às vezes pensar, por ser quase sempre enclausurado, reservado a espaços de pouca circulação de pessoas, é muito bonito. A começar plasticidade dos botões, coloridos, diferenciados e pelo próprio simulacro que é imitar uma partida de futebol (com suas simbologias, escudos, nomes, cores, etc.) sobre uma mesa. As pessoas (estranhas ao esporte) ainda que absolutamente indiferentes ao futebol, costumam guardar uma impressão mágica, lúdica, quase que onírica do futebol de botão. Em regra, ficam encantadas com a beleza do mesmo.
O botonista é (antes de mais nada) um apaixonado pelas coisas do futebol, um amante desse esporte. E é isso que ele quer ver (de alguma forma) representado sobre a mesa quando leva um time a campo. E isso independe do modelo de botão que ele jogue. (Vitrine, tampa, chuteirinha, furo ¾ ou argola).
Na verdade o botão Vitrine foi uma invenção alternativa ao botão tampa resinado. Visualmente são muito semelhantes, mas na prátrica, são completamente diferentes. O botão resinado trazia um visual requintado (visto o grande espaço para a aplicação das artes/personalizações) no centro, mas alguns fatores negativos, como o fato de não permitirem modificações na decoração e principalmente na jogabilidade, pois a resina transparente era aplicada ao botão (dentro de uma cava previamente preparada) onde ficava também a arte, depois deste usinado/torneado. Na prática, que se via era que não havia como controlar essa quantidade de resina aplicada (e posteriormente retirada no processo de acabamento) da maneira uniforme. Com isso, os botões de um time saíam com pesos diferentes.
Já os botões Vitrine são confeccionados inteiramente em acrílico e permitem que a arte aplicada nele seja substituída inúmeras vezes sem que haja um desgaste material, como acontece com os botões argola que demandam uso de solventes para remoção da arte (geralmente protegida por cola e esmalte.
Os botonistas se apropriaram desse modelo de botão rapidamente, em virtude de seu visual e aos poucos, começam a perceber as suas vantagens também do ponto de vista da jogabilidade. Conheço atletas que já aderiram a esse modelo, em todo canto do país. Tenho clientes espalhados por todos os estados onde se pratica a modalidade 12 toques como São Paulo, Pernambuco, Rio de janeiro, Santa Catarina, Alagoas, etc... e até de lugares onde nem se pratica essa regra, como Bahia e Minas Gerais. A qualidade, a jogabilidade dos mesmos já foi posta à prova. Hoje na Liga União, uma das mais fortes e competitivas Ligas do Brasil, quase a totalidade dos botões são desse modelo.
Quanto às artes que crio para os modelos Vitrine e, que de certa forma, garantem o sucesso desse modelo, sigo sempre uma premissa: a da exclusividade. Se quem contrata meus serviços quisesse um modelo padrão, poderia comprar um adesivo desses adesivos de bancas de revista e aplicar aos seus botões. A verdade é que o botonista quer essa exclusividade e paga por ela. Na última edição de uma resvista de circulação nacional chamada “Piauí” foi publicada uma matéria sobre esse meu trabalho de criar artes para personalizar os botões cujo título “O Armani dos botões” mais ou menos explica a relação que tenho com os contratantes dos meus serviços. Eles sabem que estão pagando por muito mais do que apenas uma decoração de botões.
Botonistas são clientes exigentes, meticulosos e extremamente detalhistas. Gostam de detalhes das camisas, como fontes originalmente usadas nas camisas, cores, formas, efeitos, desenhos, enfim. Há uma curiosa busca pela perfeição nessa modalidade de arte e o cliente sempre quer um algo mais. Já criei artes para mais de 200 times Vitrine e nunca repeti um modelo sequer. Sei que esse é um fator que agrega valor ao meu trabalho e respeito-o ortodoxamente.
Com relação à última parte da sua pergunta, sobre o que inovações nos falta agregar ao nosso esporte, creio que o futebol de mesa passará por uma grande revolução nos próximos anos. Não sei ao certo quando, mas sei que muito em breve os métodos de produção dos materiais que utilizamos passarão por severas transformações. Em cada um dos detalhes. Para não alongar mais na minha resposta, só vou abordar aqui desses materiais – tome como exemplo as bolas de feltro. Podemos chamá-las de oficiais? Por que? O que fariam delas bolas oficiais? O gosto de algumas pessoas? É admissível que um atleta (de qualquer modalidade que seja) passe meses treinando com um material para uma competição nacional e na hora do jogo descubra que este material tem um peso, ou medidas diferentes do material com o qual ele treinou? Tenho certeza que cada vez menos os processos de produção irão ser aprimorados, tornando-se menos artesanais, e mais padronizados.

Sexta Bola: Você é um dos atletas que mais contribui fora das mesas para o fortalecimento do futmesa. Qual a sua expectativa em relação ao desenvolvimento do esporte nos próximos anos e em que pesem os títulos conquistados pelo Paraná nas últimas competições nacionais (Copa do Brasil, BR Interclubes e BR Individual), como você vê o nosso estado em relação à outras “superpotências” do futmesa?
Jeferson: Vejo uma necessidade muito grande de o futebol de mesa desenclausurar-se, mostrar-se como modalidade esportiva efetivamente. As pessoas em geral, devem saber que o futebol de mesa existe, é praticado, não é encarado como uma brincadeira por quem o pratica, pois deixamos nossas casas, treinamos várias vezes por semana, dedicamos nosso tempo a isso, enfim, somos atletas como de uma outra modalidade qualquer.
Equivocamo-nos em pensar que nosso esporte é pequeno. Esse é um pensamento errado. Somos uma modalidade esportiva organizada, com Ligas (com estatutos próprios) ligados a uma federação com mais de 80 atletas federados, treinando e competindo 10 meses do ano, com um calendário – integralmente respeitado por todos, enfim, somos um exemplo para muitas outras modalidades. Isso sem contar dados históricos – afinal a Federação Paranaense foi a primeira do Brasil fundada em 1963.
Depois de assumir a pasta de divulgação e marketing da FPFM na gestão 2009-10 percebi o quanto engatinhávamos com relação a esse trabalho de demarcar território enquanto modalidade esportiva na mídia de forma geral. Creio que obtivemos avanços importantes nessa área através do nosso novo site www.futmesapr.com e do amadurecimento da apropriação da mídia-web pelas Ligas, fazendo desses espaços, importantes veículos documentais e de divulgação da história recente de conquistas de nossos atletas, mas falta muito mais. A FPFM ainda carece de um sistema mais eficaz e perene de registro de sua antologia. Se estamos tratando de um esporte, estamos tratando de busca por títulos, por recordes. Assim como acontece em todas as outras modalidades esportivas. Afinal, qual o sentido de se conquistar uma Taça Paraná se soubermos que esse feito será esquecido? Nenhum? Todo esportista está atrás de recordes (ainda que sejam pessoais). Até por conta disso, criei as Coroas (de Prata e de Ouro) no início desse ano. Na teoria, não mudamos nada no calendário, nas fórmulas de disputa, mas na prática, gera-se uma disputa. Não são mais oito etapas disputadas de forma estanque objetivando apenas a obtenção de vagas para o Campeonato Brasileiro. Ora, se geramos uma disputa que perdura longos 10 meses, estamos marcando uma disputa maior. A Coroa de atleta do ano em cada categoria esportiva. Em outras palavras, estamos gerando uma tradição. Isso vai virar história.
Felizmente quando ocupamos cargos surge sempre a oportunidade de atrair pessoas de talento que podem contribuir (e muito) para o bem do nosso esporte. Um exemplo é a chegada de um botonista recém-integrado ao quadro de atletas da Liga União – Giovanni Nobile ao nosso meio. Um cara extremamente talentoso, profissional super-antenado a tudo aqui que nós nunca teríamos chegado sozinhos, confesso. Em menos de 2 meses ele revolucionou completamente a maneira com que o futebol de mesa em Londrina se relaciona com a imprensa geral. Foi um verdadeiro derrame da nossa modalidade (enquanto esporte) nas mais diversificadas mídias. Saímos com uma foto em meia capa da Folha de Londrina, meia página de esportes do mesmo jornal, matérias no Globo Esporte Estadual, uma matéria no Globo Esporte Nacional, notas em programas esportivos de emissoras de rádio, e até uma matérias publicadas em revistas.
Eu acredito muito nisso. Não é à toa que Londrina tem consegui boas parcerias e patrocínios nos últimos anos. O futebol de mesa de Londrina é hoje conhecido como uma modalidade esportiva de destaque nacional da qual a cidade toda pode se orgulhar. Isso gera um ciclo benéfico. Novas parcerias virão, as atuais tendem a ser renovadas e com isso novos títulos, o que certamente chamará a atenção da mídia e gerará novas parcerias, e assim sucessivamente.
Com relação às outras “superpotências” do futebol de botão, vejo o Paraná num momento mágico. O Estado detém hoje os principais títulos do futebol de mesa nacional (excetuando-se o mais importante, Brasileiro Interclubes). Seria demagógico da minha parte dizer que isso se deve à nossa organização como categoria, ao nosso calendário, as nossas condições físicas ou às nossas parecerias, etc...
A verdade é que o Paraná sempre contou com grandes craques desse esporte. Aqui estão vários campeões brasileiros e para cá vieram diversos títulos nacionais e isso ao longo da gloriosa história dessa Federação. E isso felizmente, independeu de como e o quanto estiram organizados, nossos eventos, nosso calendário, nossos espaços físicos, enfim. Estivemos sempre rodeados por grandes craques. O Paranaense é muito bom de futebol de mesa e o resto do país sabe disso e nos respeita com a grandeza que nossa história de glórias e títulos individuais nos confere.
Penso, no entanto, que a organização, a excelência pela qual primamos hoje na prática desse esporte, pode nos trazer algo maior. Um título Brasileiro Interclubes – que é o que garante ainda a São Paulo o posto de melhor futebol de mesa do país.

Sexta Bola: Em busca de medida perfeita: quais as medidas para os botões vc mais tem usado e dão o melhor resultado?
Jeferson: Há pouco tempo descobri que pouco importam as medidas do botão (como ângulo da bainha e altura, por exemplo). Pra mim o grande diferencial de um botão está no seu peso. Quantos gramas pesa cada botão. E isso eu defino numa medida convencionalmente chamada de “cavada do botão” – e corresponde à quantidade de material retirado com o torno na cavidade da parte inferior do botão. Quanto menos material se tirar (quanto menor for a cavada) maior será o peso do botão. E essa cavada em meus times, corresponde a 1,2 mm. Outra medida que me agrada bastante são os botões com circunferência de 56 mm (raramente uso os de 54mm).

Sexta Bola: Recentemente foi publicada uma matéria em uma revista de circulação nacional sobre o seu trabalho com os botões. Como foi essa experiência e como você acredita que essas iniciativas podem ajudar a fortalecer o nosso esporte?
Jeferson: Bem Luiz, antes de mais nada, preciso confessar que do ponto de vista pessoal foi uma grande conquista. Sempre recebi como grande prêmio pelo meu trabalho e dedicação com as decorações os elogios dos colegas e isso já me parecia muito bom. A aprovação dos “contratantes” aos resultados das minhas artes já me servia de incentivo suficiente para continuar inovando e me esmerando cada vez mais. No entanto, todos nós sabemos que o futebol de mesa é um esporte mais circunscrito, de um público mais reservado e de pouca visibilidade em mídias de massa, não é mesmo? Ganhar notoriedade numa revista lida em todo o Brasil por criar decorações para botões é um fato realmente muito inusitado do qual guardarei lembranças para contar aos meus netos (quando estiver metendo gol neles daqui umas décadas). Meu pai foi a pessoa que mais ficou deslumbrado com a reportagem – porque nela sou chamado de “O ARMANI DOS BOTÕES” e meu pai a vida toda foi alfaiate de profissão. Rsrsrrss.
O que possibilitou essa “conquista” foi a criação do blog VITRINE do BOTÃO (http://vitrinedobotao.blogspot.com). Há menos de 4 meses. Jamais imaginei que os resultados e o reconhecimento seriam tão rápidos e abrangentes. A exposição dos meus trabalhos pela internet me permitiu atingir públicos que nem em sonho eu imaginava um dia alcançar. Tenho clientes amadores, clientes praticantes de outras modalidades (um e três toques por exemplo) clientes de estados que jamais visitei; Pará, Pernambuco, Alagoas, Bahia, Minas Gerais – semana passada criei uma arte para um botonista do Amazonas.

Até por conta desse caminho que acabei de descrever é que quero aproveitar o espaço que você me oportunizou aqui no SEXTA BOLA para dividir esse momento bacana com dois colegas que foram fundamentais nisso tudo. O primeiro é Julio Paroski que me incentivou a criar e cunhou o nome VITRINE DO BOTÃO que guardo como um presente e hoje funciona como uma espécie de “grife” do meu trabalho. O segundo é um amigo que conheci recentemente, Giovanni Nobile. Um botonista profissional e (jornalista nas horas vagas), cheio de idéias e de criatividade e talento raríssimos.
Por fim agradeço também a você Luiz por esta oportunidade e dizer que sou leitor assíduo do seu blog, assim como a grande maioria dos botonistas do norte do Paraná. Parabéns pelo trabalho e continue com esse projeto tão diferente e valioso.


Gol neles...
 
Imagens: Liga União e Vitrine do Botão.

11 comentários:

Daniel disse...

Parabens ao Jeferson e ao Luiz pela bela entrevista, uma grande iniciativa em um momento muito oportuno para premiar a grande faze do futebol de mesa em nosso Estado e especialmente o grande momento destes dois ótimos botonistas.

Nelson Forbeck disse...

Assino em baixo da Palavras do Daniel. PARABÉNS!

Prólico disse...

Excelente entrevista!!! Uma nova oportunidade de expandir conhecimento,idéias e visibilidade ao futmesa. Parabéns ao Jeferson pela fase excepcional que atravessa e ao Luiz pela iniciativa de entrevistar mais um grande atleta do nosso esporte.

Gol neles...

Anônimo disse...

Parabéns mais uma vez ao Luiz pela iniciativa e perspicácia da entrevista.

Parabéns ao entrevistado, meu amigo Jeferson, pela excelente fase que está vivendo nas mesas e na moda! Rssss.

Abraço a todos!

Victor Heremann.

Alexandre disse...

Ótima e merecida entrevista.
Parabéns aos amigos Luiz e Jeferson.

Abraços

Marco Antonio disse...

Grande Luiz,
Pouca vezes ví uma entrevista com perguntas diferentes e inteligentes assim.

Ao Jeferson os parabéns pela análise muito bem feita do nosso momento no Futebol de Mesa.

Parabéns aos dois... me deliciei com essa magnífica entrevista.

Luiz disse...

É pessoal, agradeço novamente aos elogios, o Jeferson enriqueceu demais a entrevista, repondendo as perguntas de forma detalhada e com o conhecimento sobre o futmesa que lhe é pertinente. Vem mais coisa aí...

André Leal disse...

Parabéns aos amigos Jeferson e Luiz, entrevista sensacional, até deu vontade de encomendar um tricolor gaúcho ao estilo vitrine.

Grande abraço

Anônimo disse...

Luiz, parabéns pela entrevista, foi assim sob o ponto de vista profissional que julgo estar sendo de grande importância todas as suas iniciativas em promover nosso belo esporte que de longe deixou de ser amador. Quanto ao seu entrevistado tenho muito a dizer sobre a participação dele a atual conjuntura do fuitebol de mesa no norte do Paraná. Foi um salto que jamais o João do Pulo pensou em dar. Realmente nos deixa maravilhado suas artes e suas contribuições. Parabéns Jefferson por tudo e Giovanni seja benvindo ao nosso meio.
saudações
Duleba

Ernani disse...

Excelente matéria
Parabéns ao Luiz e Jeferson
Legal poder ver claramente o futebol de mesa do Paraná se firmando entre os grandes
Abraço

Vitrine do Botão disse...

Muito obrigado aos amigos pelos comentários elogiosos.
Somos todos parte dessa grande corrente que vai levar o Futebol de mesa do Paraná cada vez mais para o topo - esse é o nosso lugar!!

Obrigado mais uma vez ao Luiz.
Continue assim, meu amigo. Seu blog já virou algo meio que essencial no nosso meio.

Grande abraço a todos.